domingo, 24 de fevereiro de 2013

PARQUE SOLAR NO CEARÁ

O Ceará receberá o maior Parque Solar do Brasil em 2013





O Ceará poderá abrigar, até o fim de 2013, o maior parque de Energia Solar do Brasil. No total, devem ser investidos R$ 60 milhões para a instalação relativa a uma potência de 10 megawatts (MW) em Russas. Pela empresa -  Kwara - que é cearense e conta com sócios em São Paulo e dos EUA.

A elaboração do projeto tem previsão de iniciar-se até junho, deixando o Estado mais uma vez na vanguarda nacional da geração deste tipo de energia renovável. Com capacidade suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 100 mil habitantes, de acordo com o diretor geral do empreendimento, Augusto César Rodrigues, e deve atender o mercado livre de energia, ou seja, deve comercializar a energia gerada pela Usina Solar com indústrias ou grandes empresas.



O novo projeto em Russas será capaz de  abastecer  uma  cidade  com 
cerca de 100 mil habitantes 

Localização Estratégica

Com o nome de Kwara Solar Russas I, o parque conta com investimento próprio dos sócios e é planejado desde maio de 2012. Para a construção, serão utilizados 47 hectares, dos 450 hectares do terreno adquirido. O projeto já passou por audiência pública e aguarda a verificação da Chesf 

A localização do Parque Solar, segundo o diretor, foi escolhida estrategicamente. O terreno fica às margens da BR 116, em Russas - A 165 Km de Fortaleza - e a 11 Km das subestações da Companhia Energética do Ceará (Coelce) e da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco (Chesf), onde deverá injetar a energia gerada.

"Ainda não estamos ofertando no mercado livre, mas quando tivermos, já temos prospecções. E o nosso cliente preferencial, provavelmente, deve ser o industrial", segundo o diretor Comercial, Luiz Duarte.


Demais usinas no Brasil


A capacidade instalada de 10 MW executado por Augusto é dez vezes maior que as outras duas usinas solares em atividade no Brasil. A primeira delas é o projeto de 1 MW, que opera em modo de teste em Tauá. A segunda é a da CPFL Renováveis, em Tanquinhos,  na cidade de Campinas, que possui 1,1 MW.

Augusto relatou ainda dos planos de montar, em Russas, um laboratório para trabalhar a durabilidade e o rendimento dos painéis e demais equipamentos utilizados. "O que acontece é que você não tem hoje, no Brasil, o que realmente ocorre numa placa instalada aqui. Todas os dados conhecidos foram feitos no exterior", diz.


Documentação necessária

Em relação aos documentos necessários para iniciar a obra em meados deste ano, o diretor de Operações da Kwara, Edilberto Rodrigues, diz que o projeto já tem a avaliação da Coelce e teve também a audiência pública realizada em Russas. No momento, aguarda a avaliação da Chesf. Os documentos são exigidos para a chamada consulta de acessibilidade. Todos devem ser encaminhados para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) junto com o licenciamento ambiental.

"Esses procedimentos correm ao mesmo tempo e não devem ter muitos empecilhos. O prazo legal da Chesf, por exemplo, é de 180 dias, mas acreditamos que saia antes por não ter tanta demanda para aquela área, além de ser um projeto de visibilidade", aposta.

Contudo, a instalação dos 10 MW de capacidade fazem parte apenas da primeira fase do empreendimento. A ideia é executar três projetos consecutivos com 30 MW de potência instalada cada, todas viabilizadas economicamente a partir de leilões.

"Muitos investidores vêm estudando a possibilidade de esperar pelo leilão ou avançar investindo na construção da Usina. É uma coisa que pode até mudar de rota, mas nosso direcionamento é iniciar o projeto da Kwara Solar Russas II a partir do posicionamento do governo a respeito do leilão", ressaltou o diretor de operações.

A expectativa dele é de que os pleitos ocorram entre 2014 e 2015. Com a ampliação, o projeto vai saltar para 100 MW de potência instalada e terá o investimento multiplicado por 10, chegando próximo dos R$ 600 milhões. Com a oferta, espera-se da geração para o mercado livre de energia a maior e mais forte fonte de negócios da empresa em todas as praças nas quais atuam.

Além de gerar energia para o mercado livre, a Kwara atua também na manutenção e criação de projetos elétricos e, agora, planeja atuar no ramo da micro e mini geração, com vistas à atender residências e pequenos comércios.

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